A oclusão dentária, em seu aspecto fisiológico, é considerada uma das bases para a prática da Odontologia no mundo, sobretudo quando o objetivo é a reabilitação do sistema estomatognático. Cabe a qualquer dentista, independente de sua especialidade, ter consciência dos princípios que regem uma oclusão normal entre os dentes e o significado desta harmonia para toda a saúde bucal, de modo que, em caso de patologia, o profissional saiba como agir no restabelecimento da oclusão dentária perfeita no paciente.
Há um consenso no meio acadêmico de que a melhor idade para cuidar da oclusão dentária é a infância, justamente por ser nessa fase que o crescimento ósseo está em processo de transição, o que torna mais fácil ajustar a posição de dentes com problemas ou estimular o crescimento ósseo para corrigir problemas de oclusão.
Para saber mais, acompanhe abaixo o material que preparamos sobre os princípios oclusais e a grande importância dos mesmos na prática odontológica. Boa leitura!
A oclusão é o ramo da odontologia que estuda a forma como os dentes se encaixam nos ossos da mandíbula e da maxila. Esse encaixe determina a forma como fechamos a boca e encaixamos os dentes entre as arcadas. Essa mecânica é essencial para garantir uma boa mastigação e manter um bom fluxo de ar.
Quando esse encaixe deixa de acontecer, ocorre a chamada má oclusão ou má mordida. A má oclusão pode resultar em problemas na linguagem, no aspecto facial, no desgaste prematuro dos dentes (podendo ocorrer, até mesmo, a perda dos dentes). Há ainda a possibilidade da má oclusão dentária levar à disfunções digestivas e problemas na musculatura da face.
Na odontologia, os problemas de má oclusão dos dentes é tratada por especialistas em Ortodontia. Esta é uma das áreas mais antigas dentre as especialidades odontológicas. Segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO), a Ortodontia conta com mais de 29 mil dentistas especializados, o maior número de especialistas dentro do espectro de profissionais associados (o que corresponde a 23,1% do total).
A oclusão dentária dentária, para ser fisiológica, precisa de alguns princípios básicos, os chamados princípios oclusais. Eles são definidos como características fundamentais da biomecânica oclusal, onde tais pontuações correlacionam-se para a obtenção das funções de mastigação e encaixe correto dos dentes na boca.
Segundo a literatura científica disponível, os princípios oclusais incluem: a transmissão das forças oclusais resultantes para o longo eixo dos dentes posteriores, contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos, a dimensão vertical de oclusão adequada, guias laterais e anterior e a relação cêntrica coincidir com a máxima intercuspidação habitual. Podemos afirmar que todas essas características se relacionam para que haja distribuição das forças mastigatórias nas superfícies oclusais.
Todos estes princípios oclusais devem manter uma relação harmônica para que o indivíduo consiga ter uma boa mastigação, uma boa articulação facial e boa respiração. Do contrário, diversas patologias podem surgir, sem relacionadas aos tipos de oclusão existentes.
É natural que, ao longo do tempo, os indivíduos no geral tenham uma evolução dos princípios oclusais. Com isso, nota-se que os ossos craniofaciais, dentes e o tecido periodontal e gengival se adaptam aos estímulos causados ao longo desse tempo (sejam eles por fatores externos ou da própria fisiologia do indivíduo).
Com isso, podemos afirmar que a oclusão definitiva será a resultante dessas interações dinâmicas. Uma vez definido os parâmetros de uma oclusão normal, podemos resumir os tipos de oclusão em três classes principais. São elas:
1: oclusão normal, no qual o arco dentário superior encaixa-se perfeitamente com o arco dentário inferior, com ligeira sobreposição,
2: o arco dentário superior é maior que o inferior;
3: o arco dentário superior é menor que o inferior.
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