Apesar da pandemia da Covid-19, o mercado odontológico no Brasil está aquecido, é o que aponta a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Pelos indicadores da ANS, o mercado de planos exclusivamente odontológicos expande continuamente há mais de vinte anos, sendo que, em 2020, o número de beneficiários teve crescimento de 4,5%.
Mesmo 2020 tendo sido um ano marcado pela pandemia, cujos reflexos na saúde suplementar provocaram retração no mercado de planos odontológicos, principalmente no 2º trimestre, o setor conseguiu se oxigenar e, já no 4º trimestre, mostrou reação, com aumento de 1,7 milhões de novos beneficiários.
Outra entidade que acena para o vigor do setor odontológico é a Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), Segundo levantamentos recentes, a produção nacional mantém relativa alta, o que equivale a afirmar a importância de novos profissionais e capacitação destes para a utilização de equipamentos destinados ao setor odontológico (confira o gráfico abaixo).
Pensando na importância da odontologia à saúde suplementar, trazemos no presente artigo alguns dados sobre as principais especialidades dentro do setor e seus impactos no mercado odontológico. Boa leitura!
A odontologia é uma enorme área profissional dentro do campo da saúde humana. Compreende uma série de processos inerentes ao sistema estomatognático e é regulamentada por legislação própria, que confere ao profissional autonomia no exercício da profissão.
As especialidades odontológicas abrangem uma gama de possibilidades e, juntas, configuram um grande mercado a ser explorado. Do canal às técnicas modernas de Harmonização Facial, o cirurgião-dentista tem à sua disposição uma série de especialidades, cada uma com suas normas e técnicas próprias.
Exatamente pela sua diversidade a odontologia é uma das áreas de formação mais disputadas no Brasil, levando em consideração a produção de conhecimento científico e a variedade de profissionais atuantes no mercado.
De acordo com a Resolução nº 161, de 2015, do Conselho Federal de Odontologia, as especialidades reconhecidas para registro dos profissionais em odontologia são:
Todas essas especialidades são abrangidas em nossos livros, saiba mais.
Para maiores informações, acesse o Manual de Especialidades em Saúde Bucal, cartilha fornecida pelo Ministério da Saúde desde 2008, com o objetivo de alinhar as principais atividades desenvolvidas nesta área profissional.
Dentre as especialidades que citamos anteriormente, podemos destacar as que mais crescem no mercado odontológico, seja pela procura de pacientes, seja pela necessidade de capacitação técnica aprimorada e atualizada pelas novas tecnologias. São elas:
A Ortodontia se destaca como a especialidade que mais cresce (em todos os sentidos) no mercado.
Pelo fato de ser a área da odontologia mais antiga em termos de prática profissional, hoje o conhecimento de técnicas eficazes e procedimentos menos dolorosos fazem da Ortodontia uma grande especialidade.
Com um alinhamento entre saúde bucal e estética, a Ortodontia também alavanca o setor odontológico junto à Implantodontia, área que forma profissionais especializados em implantes e enxertos ósseos necessários para a manutenção de uma boca saudável.
No cenário atual de pandemia e necessidade de maiores cuidados com traumas na região bucal e prevenção das infecções no ambiente hospitalar, o cirurgião-dentista que opta pela especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial também encontra vasto campo de atuação.
Já o profissional que busca um setor mais educativo/preventivo ou o trabalho com inovações tecnológicas, destacamos aqui as áreas de Odontopediatria e Radiologia Odontológica.
Sem sombra de dúvidas, o ensino é um dos pontos centrais para se pensar a odontologia nos próximos anos. Para abranger a demanda emergente e crescente por dentistas, nosso país deverá se preparar na oferta de cursos de formação e tecnologias de ensino que possam contornar os obstáculos impostos pela pandemia da Covid-19.
Conforme dito pelos interlocutores da CFO (Conselho Federal de Odontologia) durante a 55° Reunião Anual da ABENO (Associação Brasileira de Ensino Odontológico), a odontologia necessita de inovações no ensino e na assistência clínica, sobretudo neste momento de distanciamento social, enquanto não se consolida uma estratégia de vacinação eficiente no Brasil.
Nesse ínterim, além das instituições formais de ensino (faculdades), há também o desafio dos cursos rápidos e a necessidade de fiscalização de seus condutores, com o objetivo de não haver erros que possam comprometer a saúde dos pacientes e o desempenho dos profissionais.
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